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16/04/2024

Se você já ouviu falar sobre resistência à insulina, sabe que é um termo frequentemente associado à saúde metabólica e ao diabetes. Mas o que exatamente é a resistência à insulina, como ela afeta o corpo e o que podemos fazer a respeito? Vamos explorar isso e muito mais neste artigo. Confira!

O que é resistência à insulina?

Por definição, a resistência à insulina pode ser descrita como o comprometimento da ação da insulina. Em resumo, é o hormônio pancreático responsável por transportar a glicose da corrente sanguínea para o interior das células. 

Com isso, em casos de resistência à insulina, esse transporte é prejudicado levando ao acúmulo de glicose na corrente sanguínea, também conhecido como hiperglicemia que está presente tanto em casos de resistência à insulina, pré-diabetes e diabetes tipo 2.

Qual a relação com o pré-diabetes?

De modo geral, o pré-diabetes é um estado de hiperglicemia em que o limiar para diabetes ainda não foi atingido, podendo levar ao desenvolvimento de diabetes tipo 2 e também de doenças cardiovasculares. O pré-diabetes pode evoluir para o diabetes tipo 2 em si, que é caracterizado pelo elevado nível de glicose no sangue, resistência à insulina e diminuição ou ausência da produção de insulina. 

Em muitos casos os sintomas manifestam-se de forma gradual e lenta. Os principais fatores relacionados com o surgimento dessas doenças são a obesidade, o sedentarismo e uma alimentação pouco saudável.

A hiperglicemia leva ao aumento da produção de marcadores de inflamação crônica como as citocinas, contribuindo para a geração de espécies reativas de oxigênio (EROS), o que acabam por causar estresse oxidativo. 

Por outro lado, o aumento do estresse oxidativo e a inflamação podem levar à resistência à insulina e diminuição da secreção de insulina. Levando a formação de um ciclo vicioso entre hiperglicemia e resistência à insulina. Por isso, o tratamento adequado da hiperglicemia e inibição da superprodução de EROS é crucial para prevenir o início do diabetes.

Por ser uma doença silenciosa, o diabetes afeta milhões de pessoas em todo o mundo e está entre as dez primeiras causas de morte. Entre as complicações que podem surgir a longo prazo estão doenças cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais, retinopatia diabética que pode causar perda da visão, insuficiência renal e problemas de cicatrização.

Quais os sintomas de resistência à insulina?

Em resumo, os sintomas da resistência à insulina podem variar de pessoa para pessoa e podem ser sutis no início, muitas vezes passando despercebidos. Entretanto, os mais comuns são:

  • Aumento da fome;
  • Fadiga;
  • Ganho de peso, especialmente na região abdominal;
  • Aumento da sede e micção frequente;
  • Pele escura nas dobras do corpo;
  • Alterações nos níveis de lipídios no sangue.

Como tratar a resistência à insulina?

Considerando as altas taxas de prevalência de doenças metabólicas ligadas à resistência à insulina, estudos sobre a microbiota intestinal têm crescido consideravelmente abordando o papel da microbiota intestinal como mediador cardiometabólico na modulação da sensibilidade à insulina. 

Os dados disponíveis mostram os efeitos benéficos consistentes da suplementação de prebióticos e alguns probióticos para manter a integridade da barreira intestinal, e bom funcionamento do sistema imunológico e metabolismo a longo prazo em pessoas com obesidade e risco cardiometabólico. 

Desta forma, a suplementação com prebióticos e probióticos, associada a um estilo de vida saudável, pode representar uma estratégia para prevenção do surgimento de quadros de resistência à insulina. Assim como em combinação com terapias medicamentosas quando necessário, atuar como uma terapia integrativa promovendo um melhor controle da doença para pessoas diabéticas.

  • Dieta saudável: Opte por uma dieta rica em vegetais, frutas, proteínas magras e gorduras saudáveis. Evite alimentos processados, açúcares adicionados e carboidratos refinados;
  • Exercício regular: O exercício físico regular pode ajudar a melhorar a sensibilidade à insulina, permitindo que as células absorvam glicose com mais eficiência. Tente incluir uma combinação de exercícios aeróbicos e de resistência em sua rotina;
  • Controle do peso: Perder peso, especialmente gordura abdominal, pode reduzir a resistência à insulina e melhorar os níveis de açúcar no sangue.

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Como você pode ver, a resistência à insulina é uma condição metabólica comum que pode ter sérias consequências para a saúde se não for tratada adequadamente. Ao reconhecer os sintomas e adotar estratégias de tratamento eficazes, é possível gerenciar essa condição e reduzir o risco de complicações a longo prazo. 

Portanto, se você suspeitar que está enfrentando resistência à insulina, consulte um médico ou endocrinologista para avaliação e orientação personalizada. Além disso, lembre-se sempre de que pequenas mudanças no estilo de vida podem fazer uma grande diferença na sua saúde metabólica e bem-estar geral.

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Fonte:

Kim YA, Keogh JB, Clifton PM. Probiotics, prebiotics, synbiotics and insulin sensitivity. Nutr Res Rev. 2018 Jun;31(1):35-51. doi: 10.1017/S095442241700018X. Epub 2017 Oct 17. PMID: 29037268.

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