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03/12/2021


A microbiota intestinal tem papel fundamental nas doenças inflamatórias intestinais. E os prebióticos podem trazer inúmeros benefícios Saiba mais. 

A microbiota intestinal humana é fundamental para a saúde, pois realiza processos essenciais para manutenção do organismo. Como a absorção dos nutrientes oriundos dos alimentos e controle de peso. Além de manter a integridade da mucosa, evitando assim inflamações crônicas. 

Também, controla a proliferação de bactérias patogênicas que estão associadas a uma variedade de doenças. Conheça mais detalhes do funcionamento da microbiota e a importante relação dos benefícios dos prebióticos no tratamento de doenças inflamatórias intestinais. 


Benefícios dos prebióticos

Os prebióticos são substâncias presentes em diversos alimentos que são altamente benéficas para nosso corpo. Servindo como essência para micro-organismos presentes no intestino, que favorecem a multiplicação de boas bactérias e reduzem as chances de doenças como o câncer do intestino se instalarem. 

Desta forma, há diversos benefícios dos prebióticos, visto que eles são excelentes ferramentas para remodelagem da microbiota. Aliviando sintomas e desconfortos das doenças intestinais e promovendo a melhora na qualidade de vida. 

Na última década, o conhecimento sobre a microbiota intestinal cresceu rapidamente e foi acompanhado por um maior interesse em prebióticos, como um meio de modular a microbiota intestinal. 

Entre os prebióticos, os efeitos de fibras e glucanos já estão bem comprovados, porém outras substâncias como: oligômeros de manose, glicose, xilose, pectina, amidos, leite humano e polifenóis, estão sendo estudadas de forma mais aprofundada, reafirmando assim, os efeitos benefícios dos prebióticos à saúde.

As melhorias na função intestinal promovidas pelos prebióticos são frequentemente atribuídas ao aumento de volume fecal. Isso se dá pelo consumo de fibras dietéticas, e pela capacidade umectante dos carboidratos prebióticos. Que tem o efeito de melhorar a consistência das fezes, facilitando sua passagem e melhorando o trânsito intestinal.

No entanto, os efeitos benéficos dos prebióticos vão além. Pesquisas recentes demonstraram que os ácidos graxos de cadeia curta produzidos pela fermentação de prebióticos podem regular a produção de hormônios intestinais. Que, por sua vez, modulam a saúde intestinal.

A microbiota intestinal pode influenciar uma variedade de distúrbios gastrointestinais

Os efeitos terapêuticos de alguns prebióticos para essas doenças se deve à modificação das bactérias que compõem a microbiota. Os prebióticos são substratos que são utilizados seletivamente por microrganismos hospedeiros, conferindo um benefício à saúde. 

Os efeitos prebióticos incluem defesa contra patógenos, modulação imunológica, absorção de minerais, função intestinal, efeitos metabólicos e saciedade.

As doenças inflamatórias do intestino (DII), tais como: Doença de Crohn (DC), Colite Ulcerosa (CU) e Colite Indeterminada (CI) são doenças sistémicas, imunomediadas, caracterizadas pela existência de uma inflamação crônica com alvo preferencial no trato gastrointestinal. 

O desenvolvimento dessas doenças é o resultado de interações entre fatores ambientais e microbianos que são mediados pelo sistema imune de pessoas geneticamente suscetíveis. 

Microbiota e doenças inflamatórias intestinais

A microbiota de quem possui alguma doença inflamatória do intestino (DII), é diferente em comparação com a microbiota de pessoas saudáveis. Isso acontece porque a microbiota tem papel fundamental nas doenças intestinais. 

Algumas mutações em genes envolvidos nas interações microbiota-sistema imune associadas a fatores de risco moduladores da microbiota, como uso de antibióticos, tabagismo e dieta desbalanceada podem contribuir diretamente para o surgimento das doenças inflamatórias intestinais. 

Com isso, cresceu muito o interesse nos possíveis benefícios das intervenções moduladoras do microbioma, com destaque para o uso de suplementos prebióticos para pessoas com doenças intestinais. 

Os benefícios dos prebióticos nas DIIs

Os efeitos terapêuticos de alguns prebióticos para essas doenças se deve à modificação das bactérias que compõem a microbiota. Sendo elas doenças crônicas mediadas pelo sistema imune que afeta o trato gastrointestinal. 

Ultimamente, o papel dos prebióticos no desenvolvimento, progressão e tratamento das doenças inflamatórias intestinais tem sido um assunto de interesse e investigação para a elaboração de novas abordagens clínicas e terapêuticas.

Para ajudar a remodelar a microbiota das pessoas com doenças inflamatórias intestinais é possível fazer uso dos prebióticos. Que são, na verdade, definidos como carboidratos não digeríveis, utilizados seletivamente por microrganismos hospedeiros, oferecendo benefício à saúde do hospedeiro no sentido de estimular seletivamente o crescimento e atividade de bactérias benéficas no cólon. 

Dentre os componentes mais importantes estão os frutoligossacarídeos (FOS) e inulina. Diante disso, pode-se afirmar que a utilização desses alimentos em conjunto pode beneficiar a prevenção de várias doenças relacionadas ao intestino, inclusive a disbiose intestinal. 

Desta forma, os  benefícios dos prebióticos incluem a defesa contra patógenos, modulação imunológica, absorção de minerais, função intestinal, efeitos metabólicos e saciedade.

Já que os prebióticos têm se mostrado uma excelente ferramenta na remodelação para uma microbiota mais saudável. Modulando a função imunológica, produzindo compostos antimicrobianos, interagindo com a microbiota residente e melhorando a integridade da barreira intestinal. 

Por isso, o consumo de suplementos que contenham prebióticos pode ser uma forma eficaz e não medicamentosa de prevenir o surgimento e aliviar sintomas de doenças inflamatórias intestinais.

Em nosso blog você encontra diversos outros conteúdos sobre a importância da saúde intestinal para o bem-estar geral e a longevidade. Continue acompanhando!

Fonte:
Sanders ME, Merenstein DJ, Reid G, Gibson GR, Rastall RA. Probiotics and prebiotics in intestinal health and disease: from biology to the clinic. Nat Rev Gastroenterol Hepatol. 2019 Oct;16(10):605-616. doi: 10.1038/s41575-019-0173-3. Epub 2019 Jul 11. Erratum in: Nat Rev Gastroenterol Hepatol. 2019 Aug 9;: PMID: 31296969.

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