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08/12/2021

Já é comprovado que o intestino é o nosso segundo cérebro. entenda como alterações neste órgão podem ocasionar doenças neurodegenerativas.

Qual é a importância da conexão cérebro-intestino? O conceito do eixo cérebro-intestino, é uma via de mão dupla entre o “grande cérebro” no crânio e o “pequeno cérebro” (ou seja, o sistema nervoso entérico) no intestino.

Cérebro e intestino estão interligados tanto por neurônios dos sistemas nervosos simpático e parassimpático, quanto pelos hormônios circulantes e outras moléculas neuromoduladoras. Essa conexão está longe de ser novidade e é responsável pelos sintomas gastrointestinais relacionados ao estresse.


Mas essa conexão vai além. Continue a leitura e entenda como o eixo cérebro-intestino pode ter relação com as doenças neurológicas degenerativas.

Qual a relação do eixo cérebro-intestino com as doenças neurodegenerativas

As interações entre o cérebro e o intestino vão além da resposta intestinal ao estresse, ansiedade ou depressão. E também estão relacionadas com distúrbios que afetam o sistema nervoso autônomo como a doença de Parkinson e a síndrome do intestino irritável.

O eixo cérebro-intestino inclui também a participação da microbiota, já que bactérias intestinais podem ter impacto no sistema nervoso central. Por isso, a microbiota se destacou como um alvo terapêutico em várias doenças neurodegenerativas como doença de Parkinson, doença de Alzheimer, esclerose lateral amiotrófica, autismo, acidente vascular cerebral, depressão e dependência de drogas.

Na verdade, existem várias interações da microbiota com o sistema nervoso central desempenhando papéis importantes no estabelecimento de doenças. Em especial alterações na microbiota intestinal, chamadas de disbioses, estão ligadas ao surgimento de uma série de doenças neurodegenerativas.

As disbioses prejudicam a função protetora da barreira intestinal, permitindo que moléculas neuroativas geradas pelo metabolismo bacteriano cheguem até a circulação sanguínea. Essas moléculas bacterianas podem ativar o sistema imune, levando assim a uma resposta inflamatória sistêmica que, por sua vez, prejudica a barreira hematoencefálica e promove a neuroinflamação, que pode progredir para lesão e degeneração neural.

Qual o papel da dieta nesse contexto?


A dieta é um fator crítico na remodelação e manutenção da microbiota intestinal. Uma dieta pouco saudável está associada a uma menor diversidade da microbiota, inflamação e deficiência nutricional.

Já está comprovado o vínculo das disbioses com a neuroinflamação, estabelecendo as bases para o desenvolvimento de um processo neurodegenerativo, exacerbado e muitas vezes reforçados pelo processo de envelhecimento, predisposição genética e fatores externos como a tabagismo, inatividade física e uma dieta desbalanceada.

Desta forma, o consumo de formulações que favoreçam a manutenção de uma microbiota intestinal saudável e fortaleçam as barreiras imunológicas são uma excelente estratégia para prevenção do desenvolvimento de doenças neurodegenerativas ao longo da vida.

Continue acompanhando nosso blog e saiba mais sobre os impactos da saúde intestinal no bem-estar geral e no surgimento de doenças. 


Fonte:
Quigley EMM. Microbiota-Brain-Gut Axis and Neurodegenerative Diseases. Curr Neurol Neurosci Rep. 2017 Oct 17;17(12):94. doi: 10.1007/s11910-017-0802-6. PMID: 29039142.

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